Um policial militar aposentado, identificado como major Pedro Silva, de 58 anos, protagonizou uma tragédia familiar neste sábado (7) no bairro do Prado, em Maceió (AL). Ele fugiu da Academia da Polícia Militar, onde cumpria prisão disciplinar por violência doméstica, invadiu a casa da irmã e assassinou o próprio filho de 10 anos, Pierre Victor Pereira da Silva, e o cunhado, o sargento aposentado Altamir Moura Galvão de Lima, de 61 anos. Pedro foi morto por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) durante a ação de resgate.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), o major estava detido no Trapiche da Barra desde janeiro deste ano, após ser preso em flagrante por agredir a ex-esposa, com quem vivia em Palmeira dos Índios junto aos filhos. A prisão preventiva foi determinada após o registro do boletim de ocorrência e o deferimento de medidas protetivas em favor da vítima.
Na manhã deste sábado, Pedro Silva deixou irregularmente o local de reclusão e seguiu até a residência da irmã, no bairro vizinho. Lá, fez cinco pessoas reféns: a ex-esposa, a irmã, o cunhado e os dois filhos, de 3 e 10 anos. Durante o sequestro, ele matou a facadas o menino de 10 anos e o cunhado. As outras três vítimas foram resgatadas com vida pelo Bope.
Familiares afirmam que Pedro já havia protagonizado diversas ameaças e episódios de agressão contra a ex-companheira. A prisão em ambiente militar foi autorizada por se tratar de uma medida disciplinar, com base na prerrogativa de “estado-maior”, concedida a determinados profissionais, incluindo militares e advogados.
A SSP-AL afirmou que as investigações sobre o episódio estão em andamento e que as circunstâncias da fuga e da atuação do major estão sendo apuradas. O caso gerou forte comoção e levanta questionamentos sobre os protocolos de custódia e medidas de segurança adotados para casos de violência doméstica envolvendo agentes públicos.